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sábado, 2 de julho de 2016

Pety, o 'Messi alagoano' que impressionou o Real Madrid

Pety atualmente tem 17 anos e defende o Caldas Novas-GO (Foto: Divulgação)
Que garoto que sonha em ser jogador de futebol não gostaria de ter a chance de fazer um teste no Real Madrid? Em 2012, um alagoano nascido em São Luís do Quitunde, com 13 anos na época, teve essa oportunidade. Com jogadas de velocidade, dribles diferenciados e boa finalização, Luiz Henrique dos Santos, o Pety, encantou os treinadores da base do Real Madrid e foi aprovado. Muitas coisas aconteceram na vida do meio-campista, e atualmente ele está recomeçando a carreira no Caldas Novas-GO.

O alagoano está em preparação para a disputa da segunda divisão do Campeonato Goiano. Com 17 anos de idade e sendo o jogador mais jovem do Caldas Novas-GO, Pety almeja se destacar no seu time para voltar a defender um grande clube.

Pety passou por teste de cinco dias nas categorias de base do Real Madrid, no começo de fevereiro de 2012. A princípio, o garoto alagoano viajou para a Espanha com a oportunidade de ser avaliado pelo Real Betis, onde também foi aprovado, mas o clube não teve condições de bancar a mudança da família do garoto para a Europa. 


“O Betis não tinha condições de levar a minha família e me indicaram para ser avaliado no Real Madrid, onde também passei. Ser aprovado foi um sonho, uma felicidade imensa, uma chance e tanto. Não pude ficar, e voltei para jogar no Cruzeiro, onde tinha também feito avaliação antes de ir para a Europa”, contou Pety. 


O meia disse que os treinadores do Real pediram para que fosse mandado vídeos dele atuando pelo Cruzeiro e que, quando completasse 18 anos, voltasse para ser avaliado novamente e, se aprovado, continuava no clube espanhol. Entretanto, o jogador perdeu os contatos com o time merengue, porque não está mais com o antigo empresário, que o levou para Madrid. 

Ele foi para a Espanha com 13 anos (Foto: Divulgação)

Outro brasileiro que foi aprovado no teste do Real Madrid foi o atual craque da Seleção Brasileira: Neymar. O atacante passou por um estágio de avaliação em 2005, quando tinha apenas 13 anos e já estava no Santos. O estágio foi interrompido pelo time da Vila Belmiro, que evitou a permanência do projeto de craque na Espanha. 


Ir para Espanha foi a segunda viagem internacional de Pety. Antes, quando ainda tinha 11 anos de idade, teve a oportunidade de ir para a Itália e passou por um período de avaliação do Lecce. O alagoano também foi aprovado, mas não seguiu no clube. 


“Um italiano me viu jogando por um vídeo na internet e me convidou para fazer jogos pelo Lecce e passar um período de avaliação. Como era muito novo, não pude ficar por muito tempo no time”, lembra o meia. 


APELIDOS E ÍDOLOS


O apelido de Pety surgiu quando ele ainda tinha 3 anos de idade. “Estava assistindo com a família ao jogo entre o Vasco e o Flamengo, e no final da partida o Petkovic marcou um golaço de falta. Eu ainda estava aprendendo a falar e dizia ‘sou o Pety, sou o Pety’, e todos começaram a me chamar assim”, revelou o alagoano. 


Luiz Henrique é fã de dois jogadores que atuam no futebol espanhol: o argentino Lionel Messi, do Barcelona, e o croata Luka Modric, do Real Madrid. Segundo o jovem, por terem as mesmas características dele. 


O talento fez com que Pety recebesse outro apelido, esse de “Messi Alagoano” pela imprensa, na época que foi aprovado no teste do Real Madrid. “Receber o apelido foi um orgulho para mim. Ser comparado ao meu ídolo, o Messi, é uma felicidade muito grande”, conta o pequeno alagoano, que tem 1,67 m de altura. 

FUTEBOL DESDE CRIANCINHA


“Meu pai comprou uma câmera e ficava filmando meus jogos e postando no YouTube. Um empresário chamado Marinho Coelho viu e se interessou por mim. Ele me encaminhou para o Fabrício Zanello, meu ex-empresário, que me levou para o Olé Brasil”, conta Pety. 

Ele tinha 9 anos quando surgiu a oportunidade para defender o Olé Brasil, situado em Ribeirão Preto-SP. E foram as boas atuações no Olé Brasil que o levaram para a Espanha. “Jogar no Olé Brasil foi ótimo, onde aprendi muito. Graças a Deus pude sempre me destacar, sendo artilheiro e melhor jogador do time e de várias competições. Foram momentos de muitas felicidades”, relata Pety, que ficou por três anos no time. 

Depois do período de avaliações no Real Madrid, Pety voltou ao Brasil para jogar nas categorias de base do Cruzeiro, onde atuou por dois anos, foi bicampeão mineiro e também conquistou vários títulos. O jogador contou que era titular do time mineiro e se destacava, mas foi dispensado por motivo de indisciplina. 

Pety ganhou destaque em jornal italiano (Foto: Reprodução)

“Eu não iria para a escola e cheguei a ser reprovado, na época ficava muito na internet. Me arrependo do que fiz, a gente aprende com a vida”, relatou o alagoano, que em seguida jogou no Botafogo de Ribeirão Preto, Paraná, Votuporanguense-SP e Comercial-SP. 



Garoto do interior, Luiz Henrique nasceu em São Luís do Quitunde e começou a jogar futebol com 6 anos de idade, na escolinha do treinador João Neto. Em Alagoas, o meia ainda atuou nas categorias de base de CRB e Corinthians Alagoano, sendo o Galo o seu time de coração. 

O futebol está no DNA de Pety, que é irmão do volante Artur Santos, de 20 anos, atualmente sem clube, mas que já jogou na base do Palmeiras e em outros clubes do futebol brasileiro. 

*A matéria também foi publicada no jornal Gazeta de Alagoas.

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