Charles da Silva, meio campista brasileiro de 30 anos, que do Aurora (Bolívia), foi revelado pelas categorias de base do Juventus (SP), um jogador brasileiro com carreira internacional que jogou em países como Paraguai, Arabia Saudita e Bolívia.
Dayvidson: Como e quando você começou no futebol profissional?
Charles: Comecei no Juventus de São Paulo com 17 anos, fiquei 4 anos ai chequei a seleção brasileira sub-17 e 18 e foi no Juventus que joguei pelo profissional pela 1 vez. Depois fui para o São Paulo, passei pelo São Bento e Santos. Fui para fora do Brasil, passei 6 anos e voltei e joguei por 2 clubes, o Brasil de Pelotas e o Guaratinguetá e depois voltei pra Bolívia onde estou até hoje.
D.: Você joga no meio de campo, fale um pouco sobre suas características para os torcedores que não te conhecem:
C.: Sou um meia rápido, canhoto e tenho uma boa visão de jogo. Mais gosta mais de trocar passes, cobro faltas e ajudo a marcar.
D.: No Paraguai você defendeu 3 clubes, como foi defende-los e qual você viveu seu melhor momento?
C.: Foi uma experiência muito boa, era primeira vez q saia do Brasil para defender um clube do exterior, joguei pelo 2 de maio, pelo Trinidense, mas meu melhor momento foi no Spotivo Luqueno, onde jogamos a libertadores e enfrentamos o São Paulo e apareceu muitas coisas boas.
D.: Como foi jogar na Arábia Saudita, defendendo o Al-Raed?
C.: Na Arábia foi tudo diferente do que já tinha vivido no futebol, é um país completamente diferentes de todos que já joguei, mas foi uma experiência foi boa, conheci uma nova cultura bem diferente do Brasil.
D.: Como foi a sua primeira passagem pelo futebol boliviano defendendo o Bolívar?
C.: No Bolívar eu vivi meu melhor momento da carreira, não sou muito de fazer gols e lá eu fiz 18 gols em 1 ano e 4 meses, fui vice artilheiro do time e fui 3 vezes campeão e foi ai que me veio uma proposta da Arábia Saudita.
D.: Como está sendo defender o Aurora?
C.: Esta sendo uma temporada difícil pra nós, pois estamos brigando pra não cair já trocou presidente 2 vezes. Mais pessoalmente estou indo muito bem a torcida tem um carinho muito grande por mim, e eu por eles e pelo clube e com fé em Deus vamos sair dessa situação.
D.: Desde 2012 você está no Aurora (Bolívia), você pensa em voltar atualmente a jogar no Brasil?
C.: Eu chequei aqui em junho de 2012 e tenho mais 1 ano e meio de contrato e não tenho intenção de voltar pro Brasil. Em 2012 não tive uma boa experiência no Guaratinguetá, cheguei do B. Pelotas e na minha estréia jogamos fora, fiz um gol e ganhamos o jogo, até que joguei bem. Depois fiquei 5 jogos sem entrar em campo, não entendi nada e ninguém veio me explica nada, acho que no Brasil tem muito esquema com treinadores e dirigentes e por eu não ser muito conhecido no futebol do Brasil ficar difícil de voltar pra jogar, mas o futuro quem sabe é Deus.
D.: Como está sendo jogar no Aurora e ser o camisa 10 do clube?
C.: Eu pequei um carinho muito grande pelo clube e pela cidade, eles também tem um carinho muito grande por mim, estou e espero cumprir o meu contrato todo aqui.
D.: Você já atuou bastante tempo na Bolívia, já foi sondado a se naturalizar e defender a seleção do país? Você aceitaria?
C.: Pra se naturalizar tem q jogar 3 anos seguidos aqui, eu joguei 1 ano e 4 meses no Bolívar e depois sai e agora estou quase 2 anos. Se futuramente vier uma proposta eu aceitaria sim.
D.: Para encerrar, fale quais são seus planos e objetivos no futebol:
C.: Já tenho 30 anos e mais 1 ano e meio de contrato quero cumprir, depois vou pensar se continuo a jogar ou não. Já estou desde os 12 anos fora de casa e uns 9 anos fora do Brasil, sinto muita falta da família e amigos, mas como já disse: “o futuro quem sabe é Deus” .
